domingo, 4 de setembro de 2011

SADO HEAVY 3 - Mestre Dao Shi Wei









- ATENÇÃO:ESSA É UMA OBRA DE FICÇÃO,POR ISSO,ALGUNS CASTIGOS AQUI DESCRITOS NÃO DEVEM SER PRATICADOS!


Havia muita fumaça de gelo seco e luzes coloridas no local e o som que tocava era "Temple of love" do Sisters of Mercy.

Eu estava imobilizada,dependurada,com pés e mãos juntos as costas e amordaçada com uma gag bool.

Infelizmente quem havia me colocado la não fizera os nós com perfeição,por isso eles estavam frouxos e o meu corpo pendia para o lado.


Um suplício que deveria provocar prazer agora se transformava em um suplício desnecessário!

Para uma praticante do sadomasoquismo,o "Sado Fashion" era o único lugar onde se podia " ficar a vontade".

Não que os frequentadores daquela boate sado fossem cem por cento adeptos,mas pelo menos você não era vista como alguém com problemas mentais!

A maioria dos frequentadores eram mauricinhos e patricinhas que vinham ao lugar em busca de orgias sexuais.

Muita promiscuidade,muito homossexualismo e pouco sadomasoquismo.

Acho que o único sadomasoquista serio que havia ali era o Olavo.

Olavo era um praticante de BDSM assumido.
Um sujeito alto,magro,cabelos sempre com um corte bem ralo.

Ele tinha piercings e tatuagens pelo corpo todo e sempre usava preto.

Olavo não conversava com qualquer pessoa.

Ele dizia que frequentava o Sado Fashion exclusivamente para "salvar almas".
Ele ficava ali observando e identificando verdadeiros praticantes do sadomasoquismo.

"- Isso aqui não é lugar para vocês!"- dizia -
"- Isso aqui não é sadomasoquismo!"- declarava irritado -

Olegária,a dona do Sado Fashion fazia questão de te-lo ali presente.

Ela dizia que era importante ter um praticante serio frequentando a casa.

Mas as vezes ela batia boca com Olavo.

"- Meu querido,você não pode ficar assediando meus clientes e falando mal da casa!Vê se pega mais leve!
"- Pegar leve com o que?Com aquilo??"

Dizia Olavo ,apontando para dois rapazes que se beijavam num canto.

"- Sinto muito meu amor- argumentava Olegária -,mas as pessoas não vem com a palavra "sadomasoquista" escrita na testa!

- Eu não tenho como adivinhar quem é sado ou não e a boate para mim é um negocio!
Eu tinha o privilegio de poder conversar com Olavo!
Eu,meu amigo Ronaldo que era slave e mais algumas poucas pessoas.

Nos nos sentávamos ao redor de Olavo e ficávamos ouvindo ele falar sobre o verdadeiro sadomasoquismo,sobre a real prática.
Eu viajava nas historias dele!
Olavo conhecia toda a Europa e Oriente.
Cada tatuagem do corpo dele representava uma experiência sadomasoquista!
Para nos ele era um deus!
Pedi para que ele me apresenta-se para praticantes sérios.
"- Terá sua chance!"- respondeu ele -

Já eram quatro da manhã do sábado.
Eu me despedi de Olavo e de Ronaldo.
Ronaldo me dissera que iria ainda para a casa da dona dele,pois iriam comemorar os dois anos de sua servidão.
Passou o fim de semana,chegou a segunda feira.
Eu estava no trabalho,no escritório da seguradora.

"- Claro senhor Clóvis,o senhor pode fazer uma apólice no nome da sua sogra..."
"- Senhor Clóvis,essa conversa esta sendo gravada..."

"- Senhor Clóvis,morrer de repente para a seguradora significa morte natural ou acidente,mesmo assim,a seguradora se da o direito de investigar a causa da morte..."

"- Senhor Clóvis,o senhor fazendo uma apólice no nome de sua sogra,como único beneficiário e fazendo esse tipo de perguntas,a seguradora não vai aprovar o fechamento,sinto muito..."

Estúpido!Bateu o telefone na minha cara!

Nisso ,chega Ronaldo,meu amigo slave.

Ronaldo entrou na sala andando com o pescoço duro,ele voltava o corpo todo para olhar para alguém.
- Bom dia,bom dia.
- Torcicolo Ronaldo?- perguntou nossa supervisora -
- Sim senhora,acho que dormi de mal jeito.-respondeu Ronaldo-

Quando Ronaldo passou perto de mim também perguntei:
- Torcicolo "Ro"?

Ele olhou para os lados para ver se não havia ninguém ouvindo e me respondeu:

- Não amiga!É que eu comemorei com minha amada dona os meus dois anos de servidão,e ela exagerou um pouco na doze !

- Eu tive que enrolar faixas no meu corpo,pois tenho medo que as marcas das chicotadas sangrem!Por isso estou andando assim!
Eu ri.
Nisso,toca o celular de Ronaldo.
Ele olha para o numero e diz:

- É ela!
- Alô?Sim amada dona,eu estou bem amada dona...não amada dona,por favor,dona da minha vida,não fique assim!
- Eu estou bem...estou falando a verdade amada dona...estou feliz em ter sido útil ao seu prazer amada dona...claro amada dona,qualquer coisa eu a aviso...também a amo,senhora da minha vida...beijo...
Ronaldo desligou recolocando o aparelho no bolso da calça.

- Ah!Eu amo a minha dona!!
Eu ri de novo...

Já ao final da tarde eu olhei para a mesa de Ronaldo e vi que uma nesga vermelha de sangue aparecia no tecido de sua camisa.

Imediatamente eu liguei para o ramal dele a avisei:

-"Ro",suas costas estão sangrando!!

Ele desligou e colocou de pronto o paletó.

Cheguei em casa com pressa.


Tinha que jantar,tomar um banho correndo e ir para o cursinho.

Dei um beijo em minha mãe na cozinha,onde ela me falou sem tirar os olhos das panelas.

-"Tem correspondência para você em cima da mesa".

Propaganda de loja de langerie,cobrança do cursinho e um envelope diferente.

Era maior do que os outros,feito com um papel pardo,trazia um selo com uma estampa de um templo chinês e estava escrito em inglês.
Estranho...

Abri o envelope e comecei a ler a mensagem com o meu inglês "meia boca".

A mensagem dizia:

"Saudações senhorita Talita,viemos por meio desta informar que a sua inscrição para as 72 horas com mestre "Dao Shi Wei" foi aceita..."

Meu deus!!Eu nem lembrava mais daquilo!!

Faziam dois anos que eu havia me inscrito para participar de uma sessão sadomasoquista com o maior mestre da arte que existia no mundo!Mestre Dao Shi Wei!!

E havia sido o próprio Olavo que tinha me inscrito!

Imediatamente eu liguei para ele avisando a notícia.
- Não acredito Talita!Serio??Você foi aceita??
Disse Olavo todo entusiasmado do outro lado.

Eu havia feito ate uma poupança para tal objetivo!

Liguei para Ronaldo e contei a boa nova.Ele imediatamente comunicou sua dona.
Setenta e duas horas submetida aos castigos de um mestre sadomasoquista oriental!

O maior de todos!
O meu coração pulava no peito!
A data do encontro havia sido marcada para dali três meses.

Procurei um curso onde pudesse aprender o mandarim básico,o dialeto chinês.

Teria três meses para aprender o minimo possível para me virar na China.
"Sim,não,por favor,obrigado,onde fica,como faço..."


Olavo disse que iria para o Camboja,mas que me encontraria em ShenYang,cidade do mestre.

Ele me passou todas as orientações para que eu não me perde-se na China.

Minha mãe me questionou:

- Mas filha,tanto lugar para passar as férias...justo na China??

Certo dia Rodrigo chegou eufórico no escritório.

- "Talitinha do meu coração!"

- O que foi "Ro"?

- Adivinha!

- O que homem?Fala!
- Vou para a China com você!
- O que??Como??

- Minha amada dona resolveu me dar uma compensação pelo exagero dela...e ela vai pagar a minha viagem para China com você!

- Ta brincando Ro?

- Não amiga,serio!A amada dona disse que sera culturalmente ótimo para mim!

Nossa!Aquilo estava começando a virar um sonho!

Chegado o dia da viagem tomamos o avião.

Seriam quatorze horas de voo ate Dubai e mais oito horas ate Pequim,capital da China.

Durante o voo comecei a imaginar como seria o encontro com o mestre Dao Shi Wei.

Me imaginei chegando diante a um grande templo chinês,muita névoa no local.

Grandes portas de aço negro com dragões entalhados.

Nisso,as portas se abriram,homens vestidos de preto como nijas lançaram correntes que prenderam meus braços.
Em seguida começaram a me arrastar para dentro do templo.

Uma segunda grande porta de aço começou a se abrir com um rangido alto,deixando ver atras de si um cenário de chamas,onde de entre elas eu vi a figura de um homem com uns três metros de altura,vestido como um imperador chinês,de braços cruzados,que ria,ria,ria!

Sua risada ecoava pelo enorme salão em chamas,enquanto os ninjas esticavam as correntes,quase arrancando os meus braços...

"- Água,refrigerante ou bebida?"

Despertei do meu sonho com a aeromoça ao meu lado,conduzindo um carrinho.

- O que??- perguntei assustada-

"- Água,refrigerante ou bebida?"


Repetiu a simpática moça oriental.


-Água,por favor.- respondi -


Olhei para o lado,Ronaldo dormia profundamente.

Chegamos em Pequim.

Fomos ate a estação ferroviária,tomamos o trem para Shenyang.


Olavo disse que estaria nos esperando la.
Mas,e se ele não estivesse?

O que fazer?

Não!Olavo era um homem honrado e serio!Ele estaria la!
E estava!

Ele nos recebeu com um grande abraço.

Nos levou ate um taxi,um carro verde,quadrado,que tinha uma cortininha laranja de franjas enfeitando o para brisas.

Ele nos apresentou o senhor "Shu".
Senhor Shu era o taxista.
Entramos.
Olavo foi sentado na frente,eu e Ronaldo atras.

Começava ali uma viagem que levaria horas,pois o senhor Shu não passava dos 60km por hora.

Durante a viagem Olavo nos disse que o senhor Shu era um homem de 90 anos de idade!

Meu deus!Eu estava viajando com um motorista de 90 anos!

O carro lento,um radio baixo onde se ouvia músicas chinesas e alguma propaganda.

O cenário foi mudando aos poucos.
Do urbano para o campo.

Plantações de arroz,homens puxando búfalos para arar a terra,uma mata fechada,uma subida interminável.
Uma mistura de cheiros e perfumes.
Chá verde com terra molhada e fumaça.

Após quatro horas chegamos a uma estalagem nas montanhas.

Olavo combinou com o senhor Shu de vir nos buscar dali cinco dias.

Ele agradeceu,entrou no taxi e saiu vagarosamente,descendo a montanha.

-Vamos descansar,amanhã cedo sairemos para a casa do mestre.-Disse Olavo.

Jantamos arroz com carne de pato e legumes.

Fomos dormir e acordamos antes das cinco da manhã.

- Agora teremos que caminhar.- disse Olavo -

Caminhamos durante duas horas por uma estrada de terra.
Por um instante eu me esqueci do por que estava ali.

Chegamos diante de uma casa com dois andares.

Haviam muitas flores,muitas plantas.

Uma decoração delicada que fugia totalmente a fantasia que eu havia tido no avião.

Olavo tocou uma pequena sineta que jazia dependurada junto a porta.

Uma porta de correr se abriu e nela surgiu a figura de uma senhora de estatura baixa,cabelos negros presos e um rosto rosado e delicado.

Olavo falou com ela em um dialeto que eu não entendi.

Ela sorrio,olhou para mim e disse em mandarim básico:

"- Seja bem vinda,senhorita Tálita".
Ela falava o meu nome com acento no "a".

- Por favor - continuou a senhora de rosto rosado-,tenha a bondade de entrar.


Nisso,Ronaldo me segurou pelo braço.

- Talita-disse ele-Tem certeza de que você quer fazer isso?
- Claro Ro!

- Meu amor...você não sabe o que essas pessoas irão fazer com você!

- Ro,eu não cheguei ate aqui para desistir!

- Ronaldo,por favor...- interviu Olavo,tirando a mão de Ronaldo do meu braço -
Eu entrei.
A senhora fechou a porta atras de nos.

Tirei meus sapatos e seguimos por um corredor.

Passamos por uma cozinha,onde haviam muitas pessoas trabalhando,cheiro de comida,vapor e patos pendurados em ganchos no teto.

Chegamos em uma ante sala,onde havia um banco de laca vermelha com decorações chinesas .

- Por favor-disse a senhora-Tenha a bondade de aguardar aqui,sim?

Eu me sentei,e ela entrou na segunda sala,fechando a porta atras de si.

Fiquei sentada ali,olhando aquele cenário.

Uma decoração simples,tapetes de palha no chão,uma janela com uma meia cortina rosa,a luz do sol entrando fazendo desenhos no chão da sala,um cheiro de incenso,som de vozes ao longe.

A porta da segunda sala voltou a se abrir,a senhora de rosto rosado apareceu de novo.
- Por favor,o mestre ira recebê-la agora...tenha a bondade,sim?
Disse ela,estendendo o braço para dentro da segunda sala.

Eu me levantei e fui em direção a porta.

Quando entrei na segunda sala me deparei com uma decoração simples.

Vasos de flores,tapetes de palha,algumas poltronas e um banco de laca vermelha semelhante ao que havia do lado de fora.

No meio do salão havia a figura de um homem baixo e magro,vestindo uma túnica cinza.


Ele era calvo na testa,mas tinha um comprido rabo de cavalo que chegava ate a sua cintura.

Um rosto delicado,olhar calmo.

Era o mestre Dao Shi Wei!

Ele tinha as mãos cruzadas para frente,e um leve sorriso nos lábios.

Senti minhas pernas tremerem enquanto me aproximava dele.

- Senhorita "Tálita",seja bem vinda.

Disse o mestre com uma voz calma,fazendo uma pequena reverência com a cabeça.

Eu não sei o que aconteceu comigo,só sei que comecei a tremer dos pés a cabeça.

- Mestre- comecei no meu mandarim básico-me perdoe...mas é que eu não sei como agir diante do senhor...

- Ora senhorita Tálita...seja apenas você mesma...-respondeu o mestre -

O meu coração disparou.

Eu sabia que era errado,mas eu tinha que fazer aquilo!

- Mestre...eu sei que não faz parte da cultura do senhor...mas eu posso fazer algo?

Shi Wei me olhou nos olhos.

- Sim...claro...- respondeu ele-
Eu avancei e abracei o mestre,ao mesmo tempo em que comecei a chorar copiosamente!

Senti os braços dele me envolverem e retribuindo o abraço.

Fiquei assim por alguns segundos,onde me afastei,pedindo desculpas.
- Venha aqui!- disse o mestre me tomando pela mão -
Ele me levou ate o banco de laca vermelha,onde nos sentamos.
Mestre Wei ficou segurando minhas mãos,olhou nos meus olhos e disse:
- Sabe bem o por que esta aqui,não?

- Sim,mestre.

- Sabe que iremos passar por uma sessão de 72 horas,não?

- Sim,mestre.


- Sabe que quando eu começar,aconteça o que acontecer,faça o que fizer,diga o que disser,eu não irei parar,certo?
- Sim,mestre.

- Você ira entrar no mais profundo sentido da dor...do sofrimento...entende?
-Sim,mestre.

- Bem- disse o mestre com um sorriso - preparamos um jantar especial para a senhorita Tálita...espero que goste...

Fomos para outra sala onde jantamos novamente arroz,carne de pato e legumes.

- Agora,vamos descansar - disse o mestre após o jantar- começaremos amanhã cedo!

Em vinte e seis anos de vida era a primeira vez que eu iria me deitar as oito da noite!


Pensei que não fosse conseguir dormir,mas em poucos minutos cai em um sono profundo e relaxante.

Por volta de quatro e trinta da manhã eu fui acordada por ajudantes do mestre.

Eram senhoras,vestidas com túnicas pretas e cabelos presos em rabo de cavalo.

- Por favor senhorita,tenha a bondade.-Disseram.

Elas me levaram ate um cômodo onde havia uma banheira.

Tomei um banho quente e vesti um hoby de seda vermelho que elas me deram.

Em seguida me conduziram ate uma sala ao lado.


La estavam mestre Wei,a senhora de rosto rosado,um monge budista vestindo um traje laranja,e mais duas pessoas.

Havia na sala um tablado de uns 40 cm de altura,e sobre ele um intrincado de correntes e de peças de bambu.

Fui levada ate o tablado.
Uma das mulheres me disse:

- Por favor,tire a sua roupa,sim?

Fiquei um pouco constrangida.

Tirei o hoby,fiquei nua,mas nenhum dos homens da sala olhou para mim.

Em seguida as mulheres pegaram peças de madeira que estavam presas nas pontas das correntes e as prenderam em meus braços e pernas.

Outras colocaram em mim um tipo de espartilho de bambu,preso a uma corrente.


Em seguida,colocaram em mim algo que parecia um colar cervical de bambu,preso a uma corrente no teto também.

Meu coração batia rápido!

Por um instante eu me arrependi de estar ali!

Quando terminaram,as mulheres assumiram posições junto a manivelas.

Com um sinal de mestre Wei,elas começaram a girar as manivelas.

Comecei a ouvir um som metálico,de engrenagens que giravam e das correntes que começavam a se mover.

As correntes se esticavam,ao mesmo tempo que giravam.

Meu corpo começou a ser suspenso,meu pescoço esticado para cima,meus braços e pernas começaram a esticar e a girar.
Eu fiquei suspensa em "X".

As correntes giravam,fazendo meus braços e pernas acompanharem o seu movimento.

Comecei a sentir uma dor insuportável nas juntas dos braços ,nos joelhos e nos tornozelos.

- Por favor mestre,pare!Eu quero que pare!!- gritei-
Mestre Wei mantinha-se impassível!

Eu gritei,gritei de dor e de desespero,esperando que ele se compadece-se de mim e manda-se parar!

Mas não!

As correntes continuavam a girar e a virar meus braços e pernas junto com elas.

Eu berrava de dor!

Um desespero tomou conta de mim!

Gritei por socorro,implorei!

A medida que meu corpo era suspenso o espartilho de bambu o apertava,dificultando a minha respiração!

Em dado momento eu não conseguia mais gritar e a única coisa que conseguia fazer,era aspirar o ar em intervalos rápidos e solta-lo ao som de um "ah".

Mais um movimento de mestre Wei e as mulheres pararam de virar as manivelas.

Fiquei ali,suspensa no ar,com o espartilho apertando o meu corpo e meus braços e pernas torcidos a ponto de descolarem do corpo!

Por que eu não desmaiava de dor?
Meus olhos estavam arregalados,fixos no mestre,e a minha respiração estava mais rápida ainda!

Quanto tempo iria durar aquilo?

Minutos?Horas?

O meu queixo tremia!

Eu mal conseguia respirar direito!

De repente comecei a sentir um torpor tomando conta do meu corpo.

Estaria morrendo?Não!

E o mestre?
Ele iria me tocar sexualmente?

Uma das coias que eu odiava no Sado Fashion era justamente quando estava imobilizada e chegavam alguns idiotas tentando enfiar a mão no meu ânus ou na minha vagina!

Sorte eu sempre estar de meia calça!
Mas ali não!

Nem mestre Wei,nem qualquer outro homem tocaria no meu corpo!

O monge budista começou a citar orações,enquanto tocava uma pequena sineta.
Colocaram um tapete de palha diante do tablado e um grande incensário .

Uma porta lateral da sala foi aberta e pessoas comuns do vilarejo começaram a entrar e a se prostrar diante de mim.
Eu não entendia nada do que estava acontecendo!

Elas se ajoelharam diante de mim,se curvavam e oravam!

Elas falavam em um dialeto diferente do mandarim que eu havia estudado,mas eu podia em certos momentos entender algo sobre "um filho doente",ou "sobre um búfalo morto que puxava um arado".

Essas pessoas oravam diante de mim e ascendiam incensos .

Eu quase não sentia mais dor!
Sera que estava morrendo?
As horas foram passando lentamente.

A peregrinação de aldeões continuou o dia todo.

Cheiro de incenso,a voz do monge budista orando,o som da sineta que ele tocava,as orações das pessoas,a dor,tudo foi se misturando no ar,me levando para uma dimensão paralela.

Ao final da tarde mestre Wei fez um sinal para as auxiliares.

Cada qual assumiu uma manivela e começaram a gira-las ao contrário.

Meu corpo desceu,meus pés tocaram o tablado.

As senhoras começaram a soltar meus braços e pernas,tiraram o espartilho de bambu e o colar.

A dor que eu sentia nas juntas era horrível e eu não tinha firmeza para manter-me de pé.

Duas senhoras me sustentaram pelos braços e me levaram ate o comodo ao lado,onde me colocaram dentro de uma banheira com água fria e folhas de eucalipto.

Uma delas manteve-se ao meu lado,massageando minhas juntas.

Outra trouxe uma tigela contendo uma papinha de arroz.

Ela usou uma espátula de madeira para colocar a papinha na minha boca.

Todas tinham um cuidado e um carinho especial por mim.
Fiquei horas ali dentro daquela banheira,recuperando minhas forças.
Dado momento uma das senhoras disse:
- Por favor,saia e se prepare,sim?

Eu me levantei da banheira,elas me enxugaram e novamente vesti o hoby vermelho.
Retornamos a sala ao lado.

O tablado havia sido retirado.Haviam agora apenas uma corrente vinda do teto e duas laterais.

Tirei o hoby,as senhoras prenderam meus pulsos juntos com uma correia de couro que estava unida a corrente do teto.

Em seguida prenderam meus tornozelos com as correntes laterais.

Mais uma vez rodaram as manivelas.Meus braços foram puxados para cima,ao mesmo tempo em que minhas pernas eram afastadas uma da outra.

Fiquei ali,meio suspensa do chão.

Nisso,entram na sala mestre Wei,o monge budista e mais seis rapazes.

Cada um dos rapazes usava uma túnica branca,calça preta,um longo rabo de cavalo e trazia uma grossa vara de bambu que deveria medir uns 2 metros de comprimento.

Mestre Wei trazia nas mãos duas finas varas de banbu.

Os rapazes se colocaram frente a frente,a uma distancia de uns dez metros de onde eu estava.

O monge budista ficou logo atras deles,do lado direito da sala.

Mestre Wei sentou-se sobre as pernas no lado esquerdo da sala e cruzou as varas de bambu sobre o peito.

Ele fez um sinal com a cabeça,o monge começou a fazer as orações e a tocar a sineta.

O último rapaz da fileira esquerda fez uma reverência com a cabeça,saiu de sua posição e ficou de frente para mim.

Ele fez uma reverência se curvando para a frente,de forma que a vara de bambu acompanha-se o movimento do seu tronco.

Em seguida ele voltou a posição erecta,segurou a vara com as duas mãos e soltou um grito.

Para cada passo que ele dava para frente em minha direção ele soltava um grito e fazia evoluções com a vara de bambu!
Ao chegar na minha frente,ele me olhou nos olhos,soltou um grito e desferiu um golpe com a vara de bambu que acertou minhas costelas do lado esquerdo!

Soltei um grito de dor!

Senti algo como que se fosse um choque elétrico,algo que queimou minha pele e fez com que tremores percorre-sem meu corpo!

O rapaz fez uma reverência e tomou uma posição onde ficou de lado a minha esquerda.

O último rapaz da direita fez o mesmo,saiu de onde estava,reverência,avanço com gritos e evoluções com a vara de bambu.

Golpeou minhas costelas da direita.

O terceiro desferiu um golpe que atingiu minha vagina e meu ânus.
Incenso,sineta,orações,gritos,golpes,dor!

Dor ardida que latejava,que queimava,que rompia minha pele,esquentava o meu corpo,pulsava na minha carne!
A sala começou a rodar.

A partir do quinto rapaz comecei a ver tudo em câmera lenta.
A expressão do rosto,do olhar,a boca entreaberta soltando o grito!
Cada grito se espalhava em eco pela sala!

Cada golpe um novo choque,um novo tremor pelo corpo,um novo calafrio pela espinha!
Depois que o último rapaz se posicionou ao meu lado,mestre Wei se levantou da sua posição,colocou-se diante de mim,fez uma reverência,soltou um grito e semelhante aos rapazes veio em minha direção fazendo evoluções com as duas pequenas varas de bambu!

Ele parou na minha frente,soltou um grito e em segundos desferiu não menos que uma centena de golpes que atingiram todas as partes do meu corpo!



Enquanto ele me atingia eu soltava gritos e urros de dor!

Um calor insuportável tomou conta de mim!

Vergões vermelhos cobriram minha pele!

Mais uma vez colocaram o grande incensário e as almofadas diante de mim.

Foi aberta a porta lateral e nova peregrinação de aldeões se iniciou.
Dor!Muita dor!

O muco nasal misturado as minhas lágrimas escorria contornando meus lábios!

Ao final da tarde as senhoras me tiraram das correntes.
Elas me deitaram em um lençol de algodão e me carregaram para a sala lateral.

Os vergões vermelhos começaram a ficar roxos,e o meu corpo parecia mais um campo de batalha!
Eu entrei em estado de choque,tremia,chorava.
Elas me banhavam com água fria , pétalas de rosas e folhas de eucalipto.

Havia se passado o segundo dia!Faltava um!
Acreditem,mesmo com tudo aquilo,eu conseguira pegar no sono dentro da banheira e dormir por algumas horas!

Eu não sei o que elas haviam colocado na água junto com as pétalas e as folhas de eucalipto,mas fosse o que fosse,tinha aliviado minhas dores em noventa por cento!

Os vergões ainda estavam ali,mas agora eram rosados!

Fui alimentada com a papinha de arroz,e novamente levada para a sala lateral.

Haviam colocado o tablado na sala novamente e ao lado dele,dois grandes incensários.

Tirei o hoby de seda,colar cervical de bambu,braços e pernas em "X",mas não tive o meu corpo suspenso.

O monge começou suas orações.

Mestre Wei se aproximou de mim acompanhado de uma das senhoras que trazia nos braços uma bandeja coberta por um pano de algodão.

Mestre Wei descobriu a bandeja,deixando a mostra uma grande quantidade de agulhas de aço com 30cm de comprimento e da espessura de um lápis.


Ele pegou uma agulha,aproximou-a do meu braço e a introduziu,atravessando o meu braço de um lado ao outro!

Soltei um grito de dor e de pavor!

Uma a uma,mestre Wei as foi introduzindo em mim!No braço,no ante braço,nas coxas,nas pernas,em meus ombros!

Eu podia sentir o frio do aço dentro do meu corpo,em contato com os meus músculos!

Eu estava ficando louca!Com certeza agora eu iria morrer!!

Meu corpo havia se transformado em uma peça de arte bizarra!

Mestre Wei só não havia enfiado agulhas no meu tronco e no rosto!

Porta aberta,nova peregrinação!

Notei que nem uma única gota de sangue saia pelos orifícios feitos pelas agulhas!

Dai,cai em mim de que,estava nas mãos do maior mestre sadomasoquista que se tinha notícia!

Mestre Dao Shi Wei nunca faria algo que fosse me prejudicar ou por minha vida em risco!

Em dado momento ele se colocou diante de mim e disse:

-"Muitas pessoas sofrem nesse mundo!Muitas pessoas são torturadas,agredidas,separadas de seus entes queridos,muitas pessoas tem seus direitos violados,morrem angustiadas,sozinhas,sem ter ninguém que ouça o seu lamento,que veja suas lágrimas..."

Eu comecei a chorar.
- Chore-disse mestre Wei- sinta dor e chore pelas tristezas do mundo!Chore por aqueles que sofreram sozinhos!
Chorei,chorei e gemi alto!

O som do meu choro e do meu lamento ecoou pela sala!E enquanto eu chorava e soluçava eu sentia a dor das agulhas enfiadas no meu corpo!

Mas na verdade,as palavras de mestre Wei me causavam mais dor do que as próprias agulhas!

Mestre Wei retirou cada uma das agulhas com o mesmo cuidado que as havia colocado.

E mais uma vez,inexplicavelmente,nem uma única gota de sangue escorreu dos orifícios!
Dessa vez,fui banhada em água morna.

Enquanto estava na banheira,podia ouvir o barulho que faziam enquanto preparavam a outra sala para o próximo castigo.

Era algo semelhante ao que se ouve quando seu vizinho esta arrastando móveis.

Em seguida,senti cheiro de fumaça e madeira queimada.

Pensei comigo;as agulhas haviam sido o terceiro castigo,três dias,72 horas,o que mais teria que suportar agora?

As senhoras vieram,me secaram,arrumaram meus cabelos em um coque e me levaram para a sala ao lado.

Haviam mudado tudo!
No centro da sala haviam agora duas paredes de uns 3 metros de altura que formavam um corredor de uns 8 metros mais ou menos.

Cada parede estava recheada de brasas e delas saiam pontas de aço incandescentes.Cada parede tinha mais ou menos dois metros de distância uma da outra.

Eles haviam retirado uma parte do assoalho,formando um fosso em brasas onde haviam algumas grandes pedras seixo negras e lisas.
Do outro lado desse corredor infernal estava mestre Wei,sentado em uma poltrona de laka vermelha.
Ao lado dele,uma outra poltrona semelhante.
Uma das senhoras se aproximou de mim e disse:

"- Você deve agora atravessar o fosso de brasas e encontrar o mestre.
- Se você cair,deve voltar e começar de novo,se desistir,devera passar por mais 72 horas de castigos ate chegar aqui novamente!"
Eu me aproximei da beirada do poço de brasas.
Mestre Wei se levantou da poltrona,chegou a uns dois metros do poço e estendeu os braços para mim,mantendo um olhar impassível.
Aquelas pedras negras deveriam estar ali a tanto tempo que já estavam tão quentes quanto as brasas!
Arrisquei e coloquei a ponta do pé direito sobre uma delas,de imediato ouvi um fraco chiado e uma dor insuportável queimando a sola do pé!

Voltei atras de imediato e comecei a chorar!
Desistir?Depois de tudo aquilo?

Passar por mais 72 horas de tortura e depois chegar novamente a beira do poço de brasas?
E depois,desistiria de novo?Para mais 72 horas??
Eu iria virar algo mastigado ali!!
Não!Eu tinha que ir em frente!Tinha que chegar ate o mestre!
Um descuido e eu cairia sobre as pontas em brasa!
Respirei fundo,olhei fixo para o mestre,relaxei meu corpo,e me lembrei dos movimentos que ele havia feito antes de me surrar com as varas de bambu!
Eu iria sentir dor,então,resolvi dedicar aquela dor as pessoas que haviam morrido no esquecimento,na angústia,no abandono!
Continuei olhando para o mestre,e comecei a pisar nas pedras negras,fazendo movimentos delicados e firmes!
Em certos momentos eu podia sentir as pontas dos meus dedos tocando as pontas de aço em brasa ao meu redor.
Mas eu me concentrei em chegar ao mestre Wei!
Quando sai do poço em brasas ele me recebeu,segurou em minhas mãos e me conduziu ate a poltrona de laka vermelha.
Uma senhora me vestiu com um hoby comprido de seda azul.
Mestre Wei me sentou na poltrona e em seguida sentou-se na outra.
Foram colocadas almofadas a nossa frente e uma nova peregrinação de aldeões começou.
Um rapaz se aproximou de mim,fez uma reverência,abaixou o hoby deixando o meu ombro direito a mostra e começou a tatuar algo em minha pele.
Ele tatuou uma flor de lotus lilás em meu ombro.
Aquela seria a prova de que eu havia passado pelas 72 horas de mestre Wei!
Dos aldeões eu podia entender agradecimentos.
Um filho curado,a aquisição de um novo búfalo para arar a terra e muitas outras coisas.
Percebi ali que o sadomasoquismo era algo muito mais profundo do que eu imaginava e que não se resumia só ao prazer do sexo!
O culto a dor nos leva a abrir portas para dimensões mais elevadas.
A dor abre canais psíquicos e nos conduz a um transe que emancipa a mente e eleva o espírito.
Terminado o ritual,fomos todos descansar.
No dia seguinte tomei o café da manhã com mestre Wei,e a tarde,ele me levou ate a porta para se despedir.
-Só uma coisa senhorita Tálita - disse ele -
- Você me enganou!
- Como assim mestre??- perguntei atônita-
- Quando você me abraçou ao chegar aqui,você pegou parte da minha força,por isso se saiu tão bem no teste do poço de brasas!

- Não mestre...eu jamais faria algo assim!- retruquei -
- Pois fez!-respondeu ele -
- E agora,eu quero a minha energia de volta!- disse o mestre,abrindo os braços em minha direção -
Eu comecei a chorar.
- Ai mestre...o senhor é lindo!
Disse isso e o abracei com força.
A senhora de rosto rosado abriu a porta de correr.
Do lado de fora Olavo e Ronaldo já me esperavam.
"-Abraça com cuidado pois estou toda dolorida!"- brinquei -

Ronaldo ficou escandalizado com a minha narrativa.

Já Olavo,exibiu uma flor de lotos semelhante a minha,tatuada no seu ombro esquerdo.

De volta ao Brasil,comecei a frequentar encontros com praticantes sérios de BDSM.
Uma noite fui ate o Sado fashion com Olavo.
Havia ali um cara que se dizia praticante,então,resolvi testa-lo.

Eu o imobilizei.Um grande numero de pessoas fez uma roda em nossa volta.
Tomei de uma chibata e comecei a surrá-lo,enquanto ele protestava através da mordaça.
Quando terminei,segurei a chibata com as duas mãos e a ergui sobre a minha cabeça.
Quem ali fosse realmente um praticante do sadomasoquismo,saberia o que significava aquilo!
Alguém correu e tirou a mordaça do rapaz.
De imediato ele começou a gritar e a praguejar,me insultando e dizendo quem eu era para surrá-lo daquela maneira.
Olavo me tomou pelo braço e nós saímos do Sado Fashion,enquanto um bando de gente tentava desfazer os nós que prendiam o pseudo sadoca.



















































































































































































































































domingo, 21 de agosto de 2011

De volta!



Sem os seguidores do blog não sou nada!
O que escrevo é para vocês!
Depois de um bom tempo " de molho" volto a ativa!
Fico grato pelo acompanhamento e pelo carinho,espero poder preencher o tempo de vocês com bons contos!
Forte abraço,DOM KABALTA.

Comment vienne la bondage ! - 2



As amarras estavam apertadas!
A mordaça machucava o rosto!
Os olhos tentavam expressar um pedido de súplica!
O algos levava nas mãos um pedaço de corda,que esticava e soltava aos poucos,enquanto se aproximava de sua vítima amarrada sobre a cama.
Nisso,o telefone toca!
Os olhos esbugalhados daquela que jazia imobilizada se voltam para o aparelho que esta longe!
Gemido!
Um toque,dois toques!
O algos vai ate o aparelho,retira o fone do gancho e atende:
-Alô?Sim dona Clotilde,ela esta aqui,vou passar para ela...
Ele segura o gancho do telefone,com a mão sobre os orifícios da fala:
- Sua mãe!
O olhar de súplica da lugar a um olhar desapontado.
Ele leva o fone ate a mulher sobre a cama,retira a mordaça e coloca o fone próximo ao rosto dela:
"- Oi mamãe."
- Não,eu estava me depilando...
- Não,é que nós vamos sair...
- Não,hoje não da mamãe,mamãe,mamãe??
- Droga!!- exclama a mulher -
- Me solta amor,ela esta vindo para cá!
Comecei a desamarrar minha mulher.
- Vem cá amor- perguntei enquanto a soltava -,sua mãe não sabe o significado das palavras;"casados" e "intimidade"?
- Amor- respondeu ela -Mamãe ainda não se abtuou a nova situação.
- Poxa,faz um ano e meio que ela não se abtua a nova situação...
Bem,é mais ou menos isso;eu e Elisabete,minha mulher,somos casados a um ano e meio.
Namoramos e noivamos como qualquer outro casal.
Foi em um motel que descobrimos que gostávamos do mesmo tipo de prazer:o bondage.
Eu tive vergonha de falar com ela,mas ela,foi direta ao assunto!
- Posso te pedir uma coisa,você faria por mim??
- O que é meu amor,pode pedir.
- Me amarra??
Ao mesmo tempo que fiquei meio bobo eu subi para o céu!
Nós eramos um casal perfeito!Tirando o detalhe da minha sogra,dona Clotilde.
Depois que casamos ela sempre dava um jeito de aparecer nas horas mais inconvenientes!
Parece que a mulher sabia quando estávamos em um momento íntimo!
Eu e Elisabete adorávamos fantasiar!
Naquela noite mesmo eu queria reviver uma cena do filme "O fotógrafo".
Minha sogra veio,entrou,tomou um café conosco,ficou meia hora e se foi!
Megera!
Só para atrapalhar mesmo!
E não que ela mora-se perto de nós!
A bruxa precisava tomar dois ônibus ate chegar em nossa casa!
Para fechar a noite com chave de ouro,a porta do quarto bateu sozinha e um defeito na maçaneta nos fez ficar acordados ate as duas da manhã,quando consegui abrir a porta!
Seguíamos com a nossa vida de casal bondagista.
Eu amava a minha mulher e ela me amava!
Elisabete sempre achava uma forma de me deixar excitado!
Ela fazia visitas frequentes a sex shopings e sempre vinha com alguma novidade.
Uma noite ela cuidou de mim usando um modelito de enfermeira sexi e eu acabei a amarrando na cama.
Perfeito!
Cheguei em casa um dia e ela me disse:
- Tenho algumas surpresinhas para você amor.
- Que ótimo!- exclamei -
A primeira surpresa foi um modelito de empregada domestica .
Meia 7/8,cinta liga,corpete,sainha preta transparente,uma tiara branca ,salto bem alto.
Elisabete preparou o jantar,serviu,jantamos e depois ela sentou no meu colo trazendo uma sacola de papelão preto.
- O restante da surpresa esta aqui.- disse ela -
Eu enfiei a mão dentro da sacola e de lá eu tirei presilhas de couro com cadeados e uma mordaça de couro com cadeado.
Elisabete se levantou e foi ate o quarto,trazendo de volta mais uma sacola de papelão preto.
Quero que você me amarre com isso e me de um tempo para me soltar...se eu não conseguir,quero que me bata com isso...
Disse ela tirando da sacola uma chibata preta.
- Uma chibata meu amor?Mas você odeia apanhar??
- Por isso mesmo!- disse ela,vindo e sentando no meu colo de frente a mim com as pernas abertas- Se eu não conseguir me soltar,quero que me surre com isso!
Eu estava excitado demais para raciocinar, por isso ,concordei!
Prendi seus tornozelos,joelhos,pulsos e braços com as cintas de couro e cadeados.
Coloquei a mordaça e o cadeado.
Levei as chaves ate o quarto,joguei-as sobre a cama e voltei ate a sala.
- Você tem dez minutos!-disse-
Elisabete começou a se contorcer sobre o sofá!
Ela tentava ficar de pé para ir pulando ato o quarto.
Passado alguns minutos,ouvimos a campainha tocar e a voz de minha sogra gritando do outro lado da porta:
- "Beti","Betinha",abra,é a mamãe!
- Mas que droga!- praguejei-
Elisabete olhou para o quarto como quem dizia;"Pegue as chaves!"
Eu corri para o quarto,mas a janela estava aberta e uma rajada de vento fez com que a porta bate-se sozinha!
Tentei abrir a porta,mas a maçaneta saiu em minha mão!
Elisabete gemia e se contorcia no sofá,enquanto minha sogra gritava do lado de fora:
- Betinha,Betinha!!
Voltei para a sala.
Os olhos de Elisabete mostravam que ela estava apavorada!
Não me ocorreu nada melhor senão pega-la no colo e leva-la para o escritório!
Chegando lá,procurei por um local onde colocá-la.
Tirei o que pude do armário e coloquei Elisabete dentro dele!
- Desculpe amor,fique calma!- disse,fechando a porta -
Voltei para a sala e abri a porta.
- Por que demorou tanto para abrir?- praguejou minha sogra -
- Eu estava no banheiro!
- Onde esta Betinha??- perguntou ela -
- Ela não esta!
- Por que esta com essa cara de assustado?Esta escondendo alguém aqui??
- Dona Clotilde,me respeite,por favor!
- Onde esta Betinha??
- Já disse que ela não esta aqui!
Nisso,toca o telefone.
Eu atendo,é uma vendedora de telemarqueting.
- "Boa noite senhor,sou Sofia e gostaria de saber se o senhor já possui a assinatura da revista "Óia."
- Ah!- comecei - Oi meu amor,onde você esta?No trânsito??
- Pois é,sua mãe esta aqui!
- Ah,você esta indo para a casa dela?
- O celular esta com a bateria fraca??
- "Cê" ta entrando em um túnel??
- Me deixe falar com ela!- disse minha sogra -
- Alô,amor,sua mãe quer falar com você!
- Alô,alô??
- Xi dona Clotilde,acho que acabou a bateria dela!Mas ela esta indo para a sua casa!
- Que absurdo!Ela não me disse que iria na minha casa!
- Pois é,a senhora vê...
- Bem,eu vou para casa,não vou ficar aqui só com você!
- Isso dona Clotilde,vá para casa,Elisabete esta indo pra lá!
Minha sogra saiu,eu fechei a porta e corri para o escritório.
Abri a porta do armário e tirei Elisabete de dentro dele.
Ela estava toda suada e gemia muito.
Um tesão enorme tomou conta de mim e mesmo com os gestos de "não " que Elisabete fazia entre gemidos,eu a possui!
Mais tarde,depois que estava solta deitada na cama ao meu lado ela confessaria ter alcançado o orgasmo mais gostoso da sua vida!
Como disse antes,Elisabete adorava me fazer surpresas!
Certa tarde ela ligou no escritório:
- Edu Master Consultoria,Ferreira,boa tarde...
- Oi amor...
- Elisabete??
- Uhmmmm...sabe o que estou fazendo ?
- O que amor?
- Estou amarrando meus pés...minhas pernas...
Eu estava com uma xícara de café nas mãos e não percebi que a inclinava enquanto ouvia Elisabete no telefone.
Terminei por derramar café na camisa,onde disse para Elisabete:
- Amor,vou desligar um instante,volte a ligar!
- Mas que droga!- praguejei!-
Sai de minha mesa e fui ao banheiro me limpar .
Nisso,Elisabete ligou novamente.
Um trainee que passava viu a mesa vazia e achou por bem atender.
- Sim??
-"Estou amarrando meus pés,minhas pernas,estou colocando a mordaça..."
-Ãh??- fez o trainee -
- E vou colocar as algemas...quando você chegar estarei prontinha...esperando por você...meu amor...
Nisso,eu voltava do banheiro,passando um papel toalha na camisa.
Quando vi o trainee com o fone na mão entrei em pânico!
- O que você esta fazendo??
-Eu,eu,eu,eu,eu...ouvi o telefone tocar...eu...atendi...desculpe...eu...
- Isso é uma ligação pessoal rapaz,sai daqui!!
Tomei o fone das mãos do trainee e atendi:
- Amor?
- "Gugucho"??
- Oi...eu...eu tive um problema aqui,não foi eu quem atendeu agora...
- Quem atendeu??
- Foi um trainee...
- Ai meu deus!!Que constrangimento!!!- disse Elisabete do outro lado -
As vezes eu costumava sair do trabalho e passar no bar do "Jêra".
Era um bar fechado perto da Paulista.
Tinha piano bar,jogo de dados,e a maioria do pessoal dos escritórios fazia seu happy hour ali.
Como de costume sentei-me junto ao balcão.
Tomei uma doze de wiske e pedi uma cerveja.
Já estava na segunda cerveja quando o "um companheiro" ao lado disse:
"- Estou falido!Ninguém mais compra carros usados nesse pais!Carros zero estão a preço de banana!"
Bem,depois do segundo wiske e da terceira cerveja,não pensei para falar:
- E eu não consigo amarrar a minha mulher!
Um elemento que estava sentado a minha esquerda disse:
- Não consegue amarrar uma mulher "colega"?
- Pois pegue isso! - disse ele tirando um pequeno frasco do bolso do paletó-
- Umas gotas disso na bebida dela e ela vai capotar!
- Capotar?- perguntei eu -
- Depois você pode levá-la ate um depósito desativado na zona norte...
- Depósito ??
-- Sim!Depois de amarrá-la você pode amolar a faca diante dela...elas ficam apavoradas com isso!
- Amolar faca??- perguntei,segurando o pequeno frasco na mão-
- Dai,quando tudo terminar,você pode levá-la ate o parque estadual...nos fundos tem um corte no alambrado onde você pode entrar com o corpo...
- Entrar com o corpo???
- Tem uma árvore bem grande ali,você vai encontrar uma pá...deixe-a no mesmo lugar depois que usar...e você pode dar com a pá na cabeça delas se elas se mexerem demais enquanto as enterra...
- Dar com a pá na cabeça??
- É!Elas não gostam de ser enterradas vivas!
- Que???
Nisso entram no bar dois policiais militares.
- Eu tenho que ir agora !- disse o homem a minha esquerda - Boa sorte na sua empreitada " colega"!
- Jêra,ta aqui a cerveja!Fique com o troco!
Disse o estranho homem largando uma nota de dez reais sobre o balcão.
Olhei para o pequeno frasco em minha mão,olhei para o dono do bar e disse:
- Jêra,desce mais um chopp...
As vezes me pegava pensando sobre a minha vida com Elisabete!
A vida de um casal bondagista era diferente das de outros casais.
Tínhamos um prazer diferente,mas não eramos diferentes das outras pessoas!
O nosso modo de prazer era algo tão sagrado!
Nós nos amávamos e respeitávamos tanto!?
Nós não eramos loucos,não eramos desviados sexuais!
Tínhamos apenas aquele fetiche!
Eu gostava de amarrar Elisabete e ela gostava de ser amarrada!
Eramos errados em que?
Estávamos cometendo algum crime??
Passado algum tempo entrei em férias.
Fomos para o norte do pais.
Longe de tudo,longe de minha sogra!
Em certa noite amarrei Elisabete na cama...mas não consegui ficar excitado como antes!
Mudamos as amarras,mudamos os modelitos dela.
Nada!
O que estava errado??
Eu estava sentado na cama,enclinado para frente,pensativo.
Elisabete veio andando de joelhos sobre a cama e me abraçou por traz.
- O que esta acontecendo meu amor??Não sente mais tesão por mim??
Fiquei em silêncio...pensando...
De súbito,virei na cama e peguei o telefone.
- Boa noite!- disse para a atendente do hotel -,quero uma ligação para São Paulo nesse numero!
Passado alguns minutos,o telefone toca.
- Esta ligando para quem amor??-perguntou Elisabete -
- Calma!- respondi -
- Alô??Dona Clotilde?Ferreira,seu genro!
- Sim,estamos aqui em Porto de Galinhas...é que Elisabete não esta se sentindo muito bem e eu acho que a senhora deveria vir ate aqui...ah,a senhora vem??Ótimo!
Desliguei.Olhei para Elisabete e disse:
-"Dentro de seis horas faremos a nossa próxima sessão!"
- Amooooooooooooorrr!!!- disse ela me abraçando -
- Minha gostosinha!!

Nota:
Faço uma singela homenagem nesse conto a um grande e honrado dominador:Mestre Edu Master.